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Actividades de Pré-escrita: Estar Preparado para Escrever

Estratégias para uma Aprendizagem com Sucesso, Número 1, Volume 1

 

 

Bruce Saddler, Ph.D.
Adaptado por Lénia Carvalhais, editora

 

O método de ensino da escrita mais comummente utilizado é o chamado processo de escrita. Tipicamente este processo inclui 5 etapas:

  • Pré-escrita

  • Rascunho

  • Revisão

  • Edição

  • Publicação


Com este artigo pretende-se abordar a fase de pré-escrita, para que os pais e professores possam ajudar nesta etapa do processo de escrita.

Durante a pré-escrita, começa-se por organizar ideias e informação adicional para que se possa efectivamente fazer um primeiro rascunho. Por este motivo, esta etapa é frequentemente designada por “preparar-se para escrever”. Estar preparado para escrever envolve planificar, recolher e organizar informação, em relação a um determinado tópico, às expectativas do leitor e aos motivos pessoais para escrever. Esta etapa de pré-escrita é essencial para a criação de um produto bem organizado. Para além disso, é durante esta etapa que o “bloqueio de escritor” é alterado e melhorado. Infelizmente para aqueles que têm dificuldades de aprendizagem, esta etapa pode ser particularmente problemática uma vez que se tem que deparar com a folha em branco. A falta de estratégias para desenvolver efectivamente este processo pode conduzir mais facilmente a uma desistência por parte daqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem.

Uma fase de pré-escrita adequada assemelha-se à colocação correcta das fundações de uma casa em construção: se as fundações da casa são mal planeadas e fracas, a casa poderá ter graves problemas estruturais. Da mesma forma, se as actividades de pré-escrita não forem utilizadas efectivamente, o texto poderá nunca ser escrito ou poderá conter ideias sem sentido.

Para ajudar neste processo importante, os pais e professores devem promover actividades para que os alunos possam escrever acerca das boas experiências vividas, assim como ajudar os alunos a estruturar os conteúdos escolhidos. Será importante organizar estas actividades em dois processos: planificação e recolha da informação e organização da informação.
 

Planificação e Recolha da Informação

Planificar e recolher requer que os alunos invistam tempo a criar um contínuo de ideias. Este facto pode ser problemático para alunos com dificuldades de aprendizagem por duas razões; primeiro, porque podem não ter um conjunto alargado de experiências sobre as quais possam escrever e, em segundo lugar, porque podem ser leitores pouco hábeis e desta forma não interiorizarem através da leitura as experiências vivenciadas por outros. Os professores podem ajudar estes alunos que revelam dificuldades em uma das situações ou em ambas providenciando actividades de pré-escrita para prepará-los para o próximo salto. Uma actividade particularmente eficaz é relacionar leitura e pré-escrita. Por exemplo, o aluno pode ler um pequeno excerto de um dado tópico escrito por um autor preferido e depois escrever acerca de um aspecto lido, ou alterar a história de alguma forma. Para além desta actividade, os alunos podem ouvir partes de um texto lido e depois continuar a história ou criar um final. 

Outras actividades podem incluir a visualização de um filme, entrevistas a especialistas ou a outras pessoas de interesse, visitas de estudo, escrita livre sobre tópicos significativos, discussão de assuntos controversos e desenhar ou esboçar. Quando as ideias começarem a fluir, os alunos podem iniciar a organização dos tópicos, ao identificar a quem se dirige o texto e qual o formato textual.
 

Organização da Informação

Organizar implica colocar a informação agrupada num esboço, para que o conteúdo possa estar disposto numa ordem lógica, seguindo o formato textual escolhido. Infelizmente, muitos alunos com dificuldades podem ser demasiadamente desorganizados e incapazes de sequenciar a informação; isto significa que podem precisar de um apoio directo e explícito para realizar esta tarefa. Os organizadores gráficos podem ser uma ajuda neste processo uma vez que permitem visualizar as etapas ou fases de uma actividade (por exemplo, apertar os sapatos ou cozer massa).

Os pais e os professores devem ter em atenção que o tipo de actividade de pré-escrita e a forma como esta actividade é apresentada afecta determinantemente a qualidade do texto produzido. Em geral, qualquer actividade precisa de ser agradável e estimulante. As actividades devem ser também modificadas com frequência para que não percam o interesse. Para além disso, depois de diversas actividades terem sido modeladas e praticadas, os alunos devem ser encorajados a escolher aquela que acreditam melhor ajudar a superar as suas necessidades. Quaisquer que sejam as actividades seleccionadas, os alunos necessitam de um modelo explícito e uma prática sustentada, o que requer naturalmente tempo. Contudo, o tempo dispendido na pré-escrita antes da produção de texto será claramente justificado durante as etapas seguintes.


Bruce Saddler, Ph.D. é professor auxiliar na University at Albany, SUNY, onde lecciona disciplinas relacionadas com a inclusão de alunos com dificuldades num ambiente geral de educação. Os seus principais interesses de investigação estão relacionados com dificuldades de escrita e auto-controlo.

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